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Itália celebra ajuda humanitária em Gaza e diz trabalhar para libertar reféns

Após duas semanas de guerra, o posto de fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito em Rafah foi aberto pela
primeira vez desde o início do conflito para permitir a entrada de ajuda humanitária aos palestinos.

Os caminhões aguardaram durante vários dias do lado egípcio da divisa, enquanto o Cairo cobrava garantias de que Israel não realizaria bombardeios na região. Ao todo, cerca de 20 veículos cruzaram a fronteira, que foi aberta após a libertação de duas reféns com cidadania americana pelo Hamas, grupo radical que controla Gaza.

O chefe da delegação local do Crescente Vermelho, Mahmoud al-Nairab, disse à agência Ansa que a maior parte das ajudas consiste em medicamentos para os hospitais, alimentos, água e leitos.

Essa primeira leva não incluiu combustível. O Crescente Vermelho e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) usaram dois galpões no sul da Faixa de Gaza – em Rafah e Deir al-Ballah – para distribuir os itens de primeira necessidade para a população.

O trânsito de pessoas em direção ao Egito, no entanto, não foi liberado, e muitos cidadãos com nacionalidade estrangeira ainda aguardam a evacuação para voltar a seus países, incluindo brasileiros e italianos.

O responsável por assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, elogiou a entrada das primeiras ajudas em Gaza, mas disse esperar que essa remessa “não seja a última”. “Estou confiante de que essa expedição será o início de um esforço sustentável para fornecer bens essenciais aos habitantes de Gaza em modo seguro e sem obstáculos”, acrescentou.

Já a presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que esse “é um primeiro passo importante que aliviará o sofrimento de pessoas inocentes”.

O ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, também celebrou a entrada de ajuda humanitária em Gaza e disse que a iniciativa é resultado “da ação diplomática do governo em defesa dos civis palestinos”. “Continuamos trabalhando para salvar o maior número de pessoas possível e libertar os reféns”, garantiu.

Por sua vez, o Hamas declarou que esse comboio “limitado” não será capaz de “mudar o desastre humanitário” que a região está vivendo. “É importante estabelecer um corredor seguro e que funcione 24 horas por dia”, reforçou Salama Maruf, chefe do gabinete de comunicação do grupo radical.

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