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POLÍTICA ITALIANA: Para Partido Democrático, ideia de anistia a Berlusconi é “indecente”

O político italiano Davide Zoggia, responsável secretaria-geral do Partido Democrático (PD), disse que sua legenda é contrária a uma "anistia" para livrar o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de suas condenações. Segundo ele, o partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), "insiste em procurar o PD para aquilo que não pode ter, porque é contra a lei". "É hora de dizer basta e de encerrar, inclusive, as contínuas repescagens da ideia de uma anistia para salvar Berlusconi. Isso está se tornando uma história inocente, além de embaraçoso para quem veicula essas propostas", destacou Zoggia.

"O que nós faremos está claro e dissemos desde o início: com ponderação, com atenção, sem pré-julgamentos, faremos o que é certo fazer", afirmou. No início do mês, a Suprema Corte italiana confirmou uma condenação de quatro anos de prisão a Berlusconi no processo conhecido como "Mediaset" e no qual foi acusado de fraude fiscal. Além dessa pena, o ex-premier corre o risco de ter seu mandato cassado no Senado. A proposta de uma "anistia" a Berlusconi tem sido veiculada por alguns políticos locais, que alegam que uma cassação poderia desestabilizar o atual governo, de Enrico Letta, que conta com o apoio do PDL.

Em entrevista à imprensa italiana, o ministro da Defesa, Mario Mauro, defendeu a anistia. "Proponho um ato de realismo. É preciso restabelecer o sentido de estar junto", comentou Mauro, explicando que a anistia seria uma decisão "obrigatória diante das circunstâncias que o país está vivendo".

"Seria a premissa para criar harmonia, que é um requisito indispensável para falar de justiça", disse o ministro.

Por sua vez, o técnico do Milan, Massimiliano Allegri, contou que conversa constantemente com Berlusconi, que é o proprietário do clube italiano. "Estamos próximos ao presidente em um momento muito difícil para ele, dificílimo", afirmou o técnico.

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