
Diversas cidades na Itália aderiram à paralisação nacional convocada pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil) em protesto contra o “massacre na Faixa de Gaza”.
Novas manifestações de outros sindicatos trabalhistas estão previstas para a próxima semana, podendo afetar o setor de transportes no país.
“Estamos indo a todas as praças [da Cgil] com um pedido muito explícito ao governo e à Europa para que não continuem a assistir [ao conflito no Oriente Médio] sem fazer e dizer o que precisa ser feito sobre esse massacre, essa deportação que está ocorrendo em Gaza”, afirmou o líder da Cgil, Maurizio Landini, em Aci Castello, província de Catania, na Sicília.
A paralisação foi proclamada em diversas categorias durante todo o expediente, sem afetar os serviços públicos essenciais. Alguns setores optaram por interromper as atividades por quatro horas, como o de logística, enquanto funcionários do porto de Gioia Tauro, na Calábria, pararam o trabalho por 24 horas.
Gênova, capital da Ligúria, que no último dia 30 de agosto realizou uma mobilização de arrecadação de ajuda humanitária destinada à missão da Global Sumud Flotilla, abraçou também a iniciativa de hoje e confirmou presença na de segunda.
“Acredito que Gênova teve um papel importante [na paralisação desta sexta] porque a manifestação do dia 30 foi a que deu início a todas as outras, a um protesto geral, e devemos continuar a manter-nos no centro e dar o exemplo para todas as outras praças”, afirmou Stefano Rebora, da ONG Music for Peace, que coordenou a arrecadação em agosto.
Em Livorno, litoral da Toscana, cerca de 5 mil pessoas participaram de uma caminhada sob o grito de “Palestina livre”. O protesto integra a programação da Cgnil.
Já em Bolonha, o prefeito da capital da Emilia-Romagna, Matteo Lepore, também garantiu o seu apoio à iniciativa da Confederação nacional trabalhista.
“Precisamos falar mais de Gaza e menos de nós mesmos. Precisamos dar destaque às crianças, aos cidadãos e às pessoas que estão morrendo no enclave”, destacou Lepore.
“Essa eliminação da dignidade e do direito do povo palestino, assim como da dignidade de qualquer outro povo – incluindo o israelense – de ter um Estado e, portanto, de ter uma identidade e de poder viver em liberdade e democracia, está sendo questionada agora. É preciso agir”, reforçou Landini, líder da Cgil.