
As poupanças das famílias italianas que confiam os seus filhos aos cuidados dos avós, enquanto os pais trabalham, elevam-se a 50 mil milhões de euros anuais, segundo um estudo da Câmara de Comércio de Milão.
O inquérito baseia-se em dados do instituto de estatística, Istat, e foi efectuado tendo em conta os diferentes custos dos serviços procurados e o salário médio das amas e das empregadas domésticas em Itália.
O estudo situa em 4,8 mil milhões de euros as despesas que pesariam sobre os orçamentos das famílias italianas se não pudessem confiar os seus filhos aos avós enquanto trabalham.
Amas a tempo inteiro para os mais pequenos, guarda de crianças no período pós-escolar diário até que os pais saiam do emprego, assistência em caso de doença, preparação das refeições, trabalhos domésticos e de costura: são as actividades mais frequentes dos reformados italianos em ajuda dos seus filhos e netos.
“Poder beneficiar de uma rede parental permite reduzir de maneira drástica o recurso a este tipo de serviços. Quando os salários são insuficientes, os avós são um recurso indispensável”, indica a Câmara de Comércio no seu estudo.
Esta entidade defende que a classe média italiana é a mais penalizada em termos de assistência e que as estruturas de apoio à primeira infância no país são insuficientes.
A população italiana é um das mais envelhecidas da União Europeia com uma taxa de fecundidade das mulheres de apenas 1,41, em 2008.