Notícias

“Apoio aos países em processo de democratização”, diz presidente da Itália Giorgio Napolitano

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, declarou durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, que os países – em especial os da União Europeia (UE), devem estar dispostos a prestar assistência àqueles que passam por mudanças em seu regime político. 

Ele recordou que desde o início de março, a UE tem focado em elaborar estratégias para acompanhar as mudanças que ocorrem no Mediterrâneo e defendeu que "as reformas política e econômica devem ser acompanhadas pelo respeito aos direitos políticos e à liberdade com a transparência e a participação democrática". 

Em sua visão, "já não há tempo para reformas cosméticas e limitadas", pois o que "está em jogo" é "a relação entre os cidadãos e o Estado, o considerado contrato social".

Para o chefe de Estado da Itália "a UE deve estar pronta para apoiar os países dispostos a participar desta agenda comum, mas também deve reconsiderar o apoio aos governos que se desviarem deste caminho". 

"Esta estratégica aponta para uma estabilização de um longo período no qual o fundamental é a procura da liberdade, da vida da sociedade civil, o respeito aos direitos humanos, o progresso democrático, a reconciliação nacional e o bom governo. Infelizmente, nenhum destes fatores estaria presente no caso da Líbia", justificou. 

Napolitano ainda observou que as convulsões políticas recentes nos países árabes podem explicar-se como uma "consequência positiva da globalização" que teria ampliado o conceito de cidadão do mundo. 

Segundo ele, a era dos regimes que ocultam a verdade, limitam o movimento das pessoas e fazem uso da mentira, da corrupção e das falsas representações do mundo externo está prestes a cair. 

O chefe italiano do Executivo reafirmou o empenho de seu país em cumprir os compromissos da ONU, como na defesa da abolição da pena de morte e na atenção do mundo à condição das crianças nos conflitos armados, além da eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres e, em particular, a prática da mutilação genital feminina.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios