O assessor para o Comércio do município italiano de Pavia, Pietro Trivi, renunciou a seu cargo, dias depois de ter seu nome envolvido na investigação sobre a máfia calabresa, a 'Ndrangheta, que deteve 304 pessoas.
"Provarei que não estive envolvido nessa história", declarou ele, que justificou seu pedido de renúncia ao posto para se dedicar em tempo integral à sua defesa.
Integrante do Povo da Liberdade (PDL, o partido governista, do premier Silvio Berlusconi), Trivi é acusado de corrupção eleitoral.
Segundo as denúncias, ele teria pagado € 2 mil para garantir um certo número de votos nas eleições municipais de 2009.
Logo após a divulgação da investigação das forças de ordem, o assessor pediu a suspensão de sua função, mas conservando o cargo.
A operação de terça-feira (13), considerada uma das maiores do tipo realizadas no país recentemente, tinha o objetivo de investigar a infiltração da 'Ndrangheta – originária do sul da Itália – na Lombardia, onde se situa o município de Pavia.
Entre os 304 detidos, havia políticos e empresários, além do chefe máximo dos clãs calabreses, Domenico Oppedisano, de 80 anos.