
A escritora e roteirista italiana Antonella Lattanzi participou da edição de 2025 da Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, onde apresentou a tradução para o português do romance biográfico “Cose che non si raccontano”.
“Há coisas que não são ditas por vergonha, raiva, muita dor, ou porque, se você não as conta, no fundo você sempre pode acreditar que elas não aconteceram”, disse Lattanzi em entrevista à agência Ansa.
A italiana reuniu todas essas palavras em uma obra para que pudessem ser lidas por todos, principalmente para “dar voz às mulheres, à sua tortura, ao seu sentimento de culpa, à traição da sociedade, à humilhação”.
“Escrevi este romance para que seja um presente, uma memória comum para aqueles que querem continuar livres para escolher e mudar, porque acredito que escrever continua sendo um ato político tangível”, explicou Lattanzi, que apresentou seu último romance, publicado na Itália pela Einaudi e recentemente no Brasil pela editora Ayine.
A agenda de Lattanzi também inclui uma série de encontros no Instituto Italiano de Cultura, no Rio de Janeiro, e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), para conversar “sem filtros” sobre sua escrita, sua experiência pessoal e como “a dor e o silêncio se tornaram, para ela, elementos fundamentais da história”.