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Oposição italiana apoia Mario Monti mas pede menos deputados

O líder da oposição italiana, Pierlugi Bersani, secretário-geral do Partido Democrata (PD), disse que vai apoiar sem reservas o novo primeiro-ministro do país, Mario Monti, e o Executivo, mas exigiu a redução do número de deputados no Parlamento.

Monti continuou esta terça-feira a ronda de consultas com as diferentes forças políticas para reunir apoios para a formação do novo Governo tecnocrático de unidade nacional, tendo-se encontrado com a delegação do PD.

«É necessário dar à política e aos grupos parlamentares a tarefa de organizar o roteiro para levar a cabo reformas urgentes», afirmou Bersani, em declarações aos jornalistas à saída do encontro.

O responsável destacou, sobretudo, a reforma eleitoral e a redução do número de deputados como exemplos de medidas reformistas a adoptar.

O Presidente da República italiano, Giorgio Napolitano, encarregou, no domingo, o antigo comissário europeu Mario Monti de formar um novo governo, depois do anúncio, no sábado, da demissão do primeiro-ministro cessante, Silvio Berlusconi.

Monti já disse que gostaria de constituir um Governo com tecnocratas e com políticos dos vários partidos com representação parlamentar e que quer governar até ao final da actual legislatura, que termina em 2013.

O antigo comissário europeu vai também receber hoje parceiros sociais, como os líderes dos três principais sindicatos do país, da associação patronal e da associação italiana de bancos.

Após estas consultas – que incluem ainda representantes de associações de jovens e de mulheres ¿ Monti terá de elaborar uma lista de ministros a apresentar a Napolitano, para que o novo executivo receba, até sexta-feira, a aprovação do Parlamento.

Depois de vários dias de pressão dos mercados financeiros, Berlusconi acabou por se demitir depois do parlamento italiano ter aprovado novas medidas de austeridade que, mesmo assim não chegaram para acalmar o mercado da dívida soberana.

Monti tem agora de garantir a liquidez de Itália, através de novas medidas de austeridade para consegui pagar uma dívida que já vai nos 1,9 biliões de euros, cerca de 120 por cento do produto interno bruto italiano.

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