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Cardeal Bagnasco pede que católicos italianos compareçam às urnas nas eleições gerais de fevereiro

'Neste clima de desengajamento, a participação dos católicos com o voto já é uma forma concreta para não se furtar do cenário público'', observou o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da CEI (Conferência Episcopal Italiana) em entrevista a Famiglia Cristiana e respondendo às pesquisas que apontam a incerteza dos católicos em vista das próximas eleições.

"A presença de líderes católicos em partidos distintos deve ser acompanhada por uma convergência efetiva sobre questões eticamente sensíveis", acrescentou Bagnasco. "A falta de emprego é a urgência grave em nosso país. Este é um teste que a política, após as eleições, será forçada a enfrentar".

"Até agora a Igreja sempre pagou os impostos, ao contrário do que é dito e escrito. Não fazê-lo é um pecado", continuou o cardeal. Quanto ao IMU (Imposto Municipal Único), Bagnasco disse que a "verdadeira distinção para salvaguardar é aquela entre as sociedades sem fins lucrativos e as comerciais. Quem desempenha uma atividade de fundo social deve ser reconhecido e isentado da taxa. Ao contrário, para as atividades com fins lucrativos, é adequado prever uma taxação. Não existe nenhuma lei ad Ecclesiam".

"Circula com frequência a imagem de um país insatisfeito, sem perspectivas, quase à espera do inevitável", disse ainda o cardeal na entrevista ao diretor de Famiglia Cristiana, padre Antonio Sciortino. "A crise econômica e social, no entanto, é o sintoma dramático de uma desorientação mais profunda. O efeito é um desdobramento no privado e uma fuga na demagogia que afasta a possibilidade de uma mudança".

Para Bagnasco, "a insignificância surge quando à filiação declarada não se segue uma ação centrada nos valores de referência da antropologia cristã e se buscam lógicas mais próximas de si mesmos do que do bem comum. Quando não se diz nada de significativo – ou por desconhecimento ou por conveniência, a pessoa se torna irrelevante".

Quando perguntado sobre a necessidade de união entre os católicos para ganhar força, o presidente da CEI disse que "temos de olhar para a frente". "Os católicos são convocados em uma sociedade dilacerada e sem vitalidade para retomar o caminho, porque ainda é possível resgatar esse país, que tem um potencial enorme. No entanto, acredito que a Itália não vai se recuperar sem se reapropriar de sua sensibilidade humanista, que é inegavelmente cristã. Aqui reside a contribuição que se espera dos políticos crentes, uma contribuição não genérica, mas, como exige a história atual, cada vez mais pontual e concreta".

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