Líderes da Europa se manifestaram sobre a posssível renúncia ao cargo do primeiro-ministro italiano, Mario Monti. Grande parte lamentou a decisão do premier italiano.
"Na Europa precisamos de uma Itália forte", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, em entrevista à véspera da entrega do Prêmio Nobel da Paz para a União Europeia.
Barroso lembrou que Monti deu "uma contribuição essencial para o diálogo europeu".
Para o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, "Monti fez um bom trabalho como primeiro-ministro. Reconstruiu a confiança na Itália" e "foi muito útil para manter a estabilidade na zona do euro", afirmou.
O porta-voz da chanceler alemã, Georg Streiter, disse que Merkel "sempre trabalhou bem" com Monti "e tem uma relação de respeito" com o italiano.
Na Espanha, as dúvidas sobre a instabilidade política da Itália têm "um efeito imediato" no país, segundo o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos. "Quando surgem dúvidas sobre um país próximo como a Itália, os países em torno são vistos como vulneráveis", explicou Guindos.
Mario Monti informou que irá renunciar ao cargo de primeiro-ministro após a aprovação do orçamento de 2013. A falta de apoio político foi um dos motivos para a decisão do premier italiano.