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Consulado da Itália de Recife deve designar adido para caso de assassinato em Alagoas

O consulado da Itália no Recife (PE) deve designar um adido para troca de informações sobre o assassinato do italiano Roberto Puppo, 42. A informação é do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco.

Investigação da polícia concluiu que Puppo teve a morte encomendada por Fabio Bertola, suspeito de pertencer a uma organização criminosa internacional.

Puppo foi encontrado morto na margem da BR-424, no município de Marechal Deodoro, próximo a Maceió, no final de novembro.

Segundo a polícia, o também italiano Bertola esteve em Maceió em outubro, quando deu R$ 2.000 à namorada brasileira, Vanúbia Soares da Silva, 30, para providenciar a morte de Puppo.

Os dois eram sócios e estavam tendo desavenças. Segundo Barenco, Vanúbia recepcionou a vítima em Maceió no dia 18 de novembro e armou uma emboscada.

Ela foi presa no dia 9 com outros dois suspeitos: um adolescente de 17 anos, acusado de ter feito os disparos, e o segurança Cosme Alves da Silva, 42.

Em depoimento à polícia, Vanúbia disse que Bertola contou que havia entrado para uma "grande família" e que seria o "braço direito" dela no Estado. Ela ganhou um amuleto de dragão, símbolo da máfia chinesa.

O italiano tinha o mesmo dragão tatuado no braço e disse a Vanúbia, ainda segundo a polícia, que, ela seria "batizada" com uma tatuagem semelhante e entraria na organização. O italiano prometeu a ela "ascensão" econômica, mas condicionou ao assassinato.

Barenco disse que Bertola pretendia montar uma empresa de fachada no Estado para lavagem de dinheiro da organização criminosa. Segundo ele, Puppo não tinha ligação direta com máfia.

A polícia pediu à Justiça a prisão do italiano, que está fora do Brasil.

"Todas as descobertas podem ser a ponta do iceberg para a desarticulação de uma grande organização criminosa internacional, cabendo agora às autoridades brasileiras (da esfera federal) e italianas prosseguirem com as investigações", disse Marcílio Barenco.

A reportagem não conseguiu falar com o advogado dos suspeitos brasileiros.

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