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Corte de Cassação da Itália confirma condenação de quatro pessoas por atentado que matou Falcone

A Corte de Cassação da Itália confirmou as quatro penas de prisão perpétua emitidas no julgamento pelo “massacre de Capaci”, que matou o juiz antimáfia Giovanni Falcone e mais quatro pessoas.

Salvatore Madonia, Lorenzo Tinnirello, Giorgio Pizzo e Cosimo Lo Nigro, que pertencem à máfia Cosa Nostra, foram considerados corresponsáveis pelo atentado de 23 de maio de 1992. Na ocasião, explosivos colocados na estrada A29, em Capaci, nos arredores de Palermo, foram acionados no exato momento em que passava o carro de Falcone.

O ataque também vitimou a esposa do magistrado, Francesca Morvillo, e três agentes de sua escolta: Vito Schifani, Rocco Dicillo e Antonio Montinaro. Hoje, a Suprema Corte ainda confirmou a absolvição de Vittorio Tutino, quinto acusado do caso.

A sentença foi proferida pela II Seção Criminal após os juízes rejeitarem todos os recursos das defesas. Para a promotora Delia Cardia, na absolvição de Tutino “houve total perda de lógica” e “seguiu-se um caminho inteiramente de fachada”.

Segundo a representante do Ministério Público, os juízes da Corte teriam sido influenciados pela absolvição de Tutino proferida em primeira instância “com uma avaliação omitida de matérias decisivas sobre o ativismo dele no massacre de Milão”.

Madonia, Tinnirello, Pizzo e Lo Nigro foram condenados à prisão perpétua pela Corte de Apelação de Caltanissetta, na região italiana da Sicília, em 2016. Na ocasião, além da prisão perpétua, a justiça impôs aos quatro réus 18 meses de isolamento diurno.

De acordo com a acusação, Madonia foi um dos mandantes do atentado, enquanto os outros condenados participaram da fase de preparação dos explosivos que mataram o magistrado siciliano.

Em 1993, o ex-boss Salvatore “Totò” Riina, considerado o mais sanguinário dos mafiosos, já havia sido condenado à prisão perpétua pelo homicídio.

As condenações dizem respeito ao processo que foi aberto após a delação premiada do exmatador de aluguel da máfia Gaspare Spatuzza, que revelou detalhes inéditos sobre o caso e o envolvimento de mais pessoas do que se imaginava anteriormente.

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