Em declaração feita ao final do encontro do G20, 10 países (Austrália, Canadá, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Espanha, Turquia e Estados Unidos) condenaram o ataque com armas químicas em Damasco no dia 21 de agosto e responsabilizaram o regime de Bashar al-Assad pelo acontecido. "As provas indicam claramente que o governo sírio é o autor do ataque, e os que perpetraram este crime devem ser responsabilizados", diz o documento.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em uma coletiva de imprensa do G20 que o governo sírio e o uso de armas químicas são uma ameaça para a paz e a segurança mundial e para os países vizinhos.
Obama também afirmou que na próxima terça (10) irá se pronunciar ao povo norte-americano para explicar a situação e pedir apoio a um provável ataque militar ao país árabe. "Nós podemos resolver esse problema do uso de armas químicas", acrescentou.
No seu discurso, o presidente declarou que passou os anos de sua administração fazendo o possível para não iniciar novas guerras, mas que a situação atual da Síria pede uma intervenção, mesmo que sem o apoio do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). "Eu fui eleito para acabar com guerras, e não para começar outras", salientou.
Antes da coletiva, Barack Obama teve uma reunião de aproximadamente 20 minutos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O governante russo chamou o encontro de "construtivo", mas ressaltou que os dois não chegaram a nenhum acordo sobre a Síria.
A resolução sobre uma ação militar na Síria será votada no Senado dos Estados Unidos no dia 11 de setembro, informaram fontes locais.