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ECONOMIA: Inflação e desemprego preocupam a Itália

A inflação atingiu em fevereiro seu nível mais alto desde novembro de 2008, enquanto que o desemprego juvenil registrou seu pior valor desde 2004, segundo anúncio do Instituto Italiano de Estatísticas (Istat). Em fevereiro, segundo cálculos do Istat, a inflação chegou a 2,4%, o que representa um aumento de 0,3% sobre janeiro e a maior alta de um mês para outro desde novembro de 2008, quando foi de 2,7%.

Quanto ao desemprego, a taxa atingiu 8,6% da população economicamente ativa (sobre uma base anual) pelo terceiro mês consecutivo, representando um aumento de 0,2%, enquanto que o desemprego entre os jovens chegou a 29,4%, o maior valor desde 2004.

O índice nacional de preços ao consumidor (INPC) do Istat registra um crescimento da inflação geral de 2,1% em relação a fevereiro de 2010. Para os analistas do instituto, os dois setores que puxaram a alta dos preços foram a energia e os alimentos frescos, com óbvia repercussão nas outras categorias, principalmente nos transportes.

O preço da gasolina, por exemplo, aumentou 0,8% em fevereiro, enquanto que o do combustível para aquecimento doméstico subiu 1,8% sobre uma base mensal e 17,2% sobre a anual, enquanto que o preço do pão aumentou 0,3% em base mensal (1,2% na base anual), e o da fruta fresca 1,8% em relação a janeiro e 2,4% se comparado com fevereiro de 2010.

Isto naturalmente leva a um aumento acentuado dos preços no setor dos transportes: +1,8% no transporte ferroviário de passageiros (+4% em relação a fevereiro de 2010); 3,3% no transporte aéreo de passageiros (+7,8%); e 7% no transporte marítimo doméstico (+26,2% sempre em relação a fevereiro de 2010).

Quanto ao mercado de trabalho, de acordo com o Istat, em janeiro passado havia na Itália 22.831.000 pessoas empregadas, representando uma redução de 0,4% (-83 mil) em relação a dezembro de 2010. Isso leva a taxa de ocupação para 56,7% da população economicamente ativa, equivalente a um decréscimo de 0,2% sobre dezembro de 2010 e 0,4% sobre janeiro do ano passado.

Estes dados são os piores desde setembro de 2009, quando a redução de pessoas empregadas foi de 0,5%, observam os especialistas do Istat. Quando a leitura dessas estatísticas se faz separando o gênero, o impacto do desemprego é maior sobre os homens italianos entre 15 e 64 anos: quase um em cada três está sem trabalho.

Trata-se do menor nível de emprego no mesmo grupo estatístico desde 2004, quando teve início a série de medições demoscópicas por sexo.

Em janeiro de 2011, a taxa de emprego entre os homens chegou a 67,2% (-0,2% sobre dezembro de 2010 e -0,9% em relação a janeiro de 2010), contra os 70,8% de janeiro de 2008, antes do impacto da crise financeira mundial. O saldo negativo em relação a este mês é de 584 mil unidades.

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