O governo italiano enviará "nas próximas 48 horas" uma missão humanitária a Tunísia, onde se encontram mais de 10 mil pessoas na fronteira com a Líbia, em sua maioria líbios que fugiram da crise política.
"Essa se trata de uma intervenção de emergência de caráter humanitário e de saúde", declarou o ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, em um programa de televisão ontem à noite, após uma reunião de gabinete presidida pelo premier Silvio Berlusconi.
O alto funcionário enfatizou que esta missão será feita "com o apoio de autoridades tunisianas, a fim de ajudar a população que lá se encontra e evitar que saiam dali". Segundo o titular, diante da situação que foi criada, "ficar quietos e observar é um crime: é preciso atuar".
Maroni explicou que, após as decisões políticas tomadas durante a noite, seria realizada hoje uma "reunião técnica" para fixar os detalhes da intervenção humanitária, que pode levar ao estabelecimento de um campo de refugiados em território tunisiano.
A Comissão Europeia recebeu de forma "muito favorável" a decisão italiana de enviar uma missão à fronteira entre a Líbia e a Tunísia, como disse à ANSA a responsável pela Cooperação Internacional, Ajudas Humanitárias e Resposta a Crises, Kristalina Georgieva.
Ela declarou que a "Europa está convocada a se coordenar para proporcionar uma assistência massiva" às populações que estão fugindo do regime de Muammar Kadafi, "ajudando-as com tudo que necessitam". (ANSA)