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Itália defende fim do poder de veto para questões humanitárias no conselho da ONU

A Itália propôs, durante uma reunião na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a reforma no Conselho de Segurança, o fim do poder de veto para questões como genocídios e intervenções humanitárias.

"A questão do poder de veto não pode ficar de fora da reforma no Conselho de Segurança da ONU", afirmou Giulio Terzi, representante italiano permanente na entidade.

 

"É preciso agir com realismo e trabalhar para uma reforma do poder de veto que suspenda sua aplicação em casos de genocídios ou intervenções humanitárias", enfatizou.
 

O fim do poder de veto – que permite aos Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China bloquearem as decisões do Conselho – enfrenta a total oposição destes cinco países.
 

No entanto, quase todos os outros membros da ONU apoiaram a decisão durante a reunião, que contou com a presença de representantes dos 192 países que fazem parte da entidade.

 

Terzi afirmou que a Itália "compreende o pedido dos países africanos para abolir o veto", considerado hoje um instrumento obsoleto e que contrasta "com a exigência de representatividade e eficácia" do órgão que decide sobre as ameaças à paz e à segurança internacional.

 

O representante ainda sugeriu que o fim do poder de veto faça parte de uma complexa reforma do Conselho de Segurança, na qual as questões do veto, das novas sedes e da dimensão regional da entidade "estejam todas interligadas".

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