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Esquerda italiana fez um “gol contra”, diz Silvio Berlusconi

Após a comissão de regulamentação do Senado italiano determinar que a votação da cassação do mandato de Silvio Berlusconi seja aberta, o ex-premier disse que a esquerda do país, representada pelo Partido Democrático (PD), do primeiro-ministro Enrico Letta, fez um "gol contra" ao apoiar a decisão.

"Os italianos entenderam que eles [a esquerda] querem me eliminar para sempre da vida política porque me consideram o último obstáculo para tomar completamente o poder. Mas a partida ainda está longe de terminar", afirmou Berlusconi, em uma entrevista para o novo livro do jornalista Bruno Vespa.

O PD representa a maior força política da Itália atualmente, mas não tem cadeiras suficientes para atingir a maioria no Parlamento. Por isso, teve que formar uma coalizão com a legenda de centro-direita Povo da Liberdade (PDL) para governar. No entanto, as polêmicas envolvendo as condenações judiciais do ex-premier, que lidera o PDL, fizeram com que a relação entre as duas siglas fosse sempre conturbada. Os cinco membros do partido que são ministros do atual governo já chegaram a pedir demissão e voltaram, e Berlusconi ameaçou não dar o voto de confiança a Letta, o que poderia provocar a sua queda, mas voltou atrás na última hora.

Neste ano, o Cavaliere foi condenado em última instância a quatro anos de prisão por fraude fiscal no processo "Mediaset", o que desencadeou um pedido de cassação do seu mandato de senador.

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