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Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pede “revolução” caso seja preso

Condenado a três anos de prisão por corrupção, o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi pediu para seus aliados promoverem uma "revolução" caso ele seja preso.

Se dirigindo aos membros do seu partido, o conservador Forza Italia (FI), o ex-premier disse que seria "fácil" para ele ir para qualquer outro lugar, mas que um "sentido de responsabilidade" o faz ficar no país para "enfrentar a esquerda e os procuradores" que o acusam.

"E eu, não tendo mais nada, corro o risco de acabar atrás das grades. Se isso acontecer, Cristo, espero que vocês façam um mínimo de revolução", declarou. Berlusconi foi condenado no início do mês em um processo por compra e venda de apoio no Parlamento durante o último governo de seu rival Romano Prodi (2006-2008).

O líder conservador foi sentenciado pelo Tribunal de Nápoles por ter subornado diversos senadores – com destaque para Sergio De Gregorio – para que eles deixassem a base aliada de Prodi e derrubassem seu gabinete, o que efetivamente aconteceu em maio de 2008.

As acusações se baseiam em afirmações do próprio De Gregorio. Segundo a Procuradoria, o ex-Cavaliere investiu na época milhões de euros para comprar senadores da centro-esquerda. O parlamentar, que enfrentava grandes dificuldades econômicas, aceitou o suborno.

Como a decisão foi em primeira instância, ainda cabe recurso. Mas, ainda assim, é cada vez mais improvável um retorno de Berlusconi, que tem 78 anos, às urnas. Ele já está inelegível até 2019 devido a uma condenação em último grau por fraude fiscal em 2013, caso que levou à cassação do seu mandato de senador.

Por conta da sentença, ele foi obrigado a realizar um ano de serviços sociais em um asilo, pena encerrada no início de 2015. Berlusconi também quase foi preso por causa de uma acusação de prostituição de menores e abuso de poder, mas acabou sendo absolvido pela Corte de Cassação de Roma.

Além disso, ele pode ser incriminado por corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho no processo "Ruby Ter".

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