A terceira noite da 67ª edição do Festival de Sanremo, mais tradicional competição musical da Itália, deixou a disputa entre os cantores de lado e foi dedicada aos "covers" e às pessoas comuns.
Astros da música italiana subiram ao palco do Teatro Ariston, em Sanremo, para relembrar canções que marcaram a vida no país ao longo das últimas décadas. Entre os que se apresentaram na terceira noite do evento estão Gigi D'Alessio, Chiara, Fabrizio Moro e Fiorella Mannoia.
Porém os momentos mais emocionantes ficaram por conta das chamadas "pessoas comuns", como a obstetra Maria Pollacci, de 93 anos, que continua em plena atividade e já realizou mais de 7,6 mil partos. O primeiro deles data de 1945, de um menino que hoje é um senhor de 72 anos. "É uma missão que deve ser feita com amor, bondade e capacidade", declarou.
Outro destaque foi o show da Orquestra Reciclados de Cautera, um grupo de jovens dos arredores de Assunção, capital do Paraguai, que usa instrumentos fabricados com materiais reciclados e tirados de um lixão.
Convidado internacional, o cantor britânico Mika aproveitou a ocasião para defender a comunidade LGBT. "É muito belo ser de todas as cores. Se alguém não quer aceitar todas as cores do mundo e pensa que uma cor deve ter mais direitos que outra, ou que o arco-íris é perigoso, então pior para ele. Deixemos esse sem música", declarou o astro.