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GRAVE CRISE ECONÔMICA: Líderes da zona do euro aceitam capitalização direta dos bancos

Os líderes da zona do euro chegaram a um acordo na madrugada desta sexta-feira (29) para a capitalização direta dos bancos, mas somente depois da criação de um supervisor bancário europeu, com a implicação do Banco Central Europeu (BCE), informou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Os líderes da eurozona também definiram que o empréstimo de até 100 bilhões de euros para recapitalizar os bancos espanhóis será canalizado através do Fundo Europeu de Estabilidade (FEEF) e que será transferido ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) quando entrar em vigor nas mesmas condições, ou seja, sem adquirir o status de dívida sênior, explicou Van Rompuy.

Desta forma, a zona do euro aceita os dois principais pedidos do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

Por meio desse procedimento, a eurozona poderá recapitalizar diretamente os bancos "assim que tivermos um mecanismo supervisor europeu efetivo, e poderemos mudar do FEEF ao MEDE para romper o círculo vicioso entre os bancos e a dívida soberana", explicou.

Rompuy pediu ao Conselho Europeu que analise urgentemente essas propostas, de modo que haja resultados concretos antes do fim do ano, e então o MEDE, após uma "decisão regular", poderá recapitalizar diretamente os bancos.

Esse processo, no entanto, será acompanhado por "condições muito estritas", assinalou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

CRESCIMENTO ECONÔMICO

A União Europeia aprovou nesta quinta-feira (28) um plano de € 120 bilhões para incentivar o crescimento econômico e a geração de empregos, informou o presidente permanente do Conselho Europeu, Hernan Von Rompuy.

O valor é equivalente a 1% da riqueza nacional bruta dos países europeus, e vem de planos econômicos anteriores, não podendo ser considerado um financiamento novo, e é menor que os € 130 bilhões pedidos por Espanha, Itália, França e Alemanha, proposto em uma cúpula na semana passada.

Para alcançar a verba pedida, os 27 membros do bloco usarão recursos do Banco Europeu de Investimento, os chamados bônus projeto e o Fundo Europeu de Investimento. "Não é apenas injetar dinheiro, mas fomentar a geração de empregos e a atividade empresarial sustentável", explicou Van Rompuy.

De acordo com o plano da União Europeia, o Banco Europeu de Investimento poderá emprestar de € 150 bilhões a € 180 bilhões até o início de 2013, mas antes receberá uma ampliação de capital que será referendada pelo conselho da instituição até o fim do ano.

Os primeiros valores a serem liberados serão os bônus europeus, no valor de € 4,5 bilhões, para financiar projetos nos setores de transporte, energia e infraestrutura de banda larga.

O bloco calcula que outros € 55 bilhões vindos de fundos estruturais serão usados para potencializar o crescimento, que poderão ser usados para dar garantia aos empréstimos do banco de investimentos.

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