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GRAVE CRISE ECONÔMICA: Para as famílias numerosas, a situação é dramática na Itália

Na Itália, as famílias numerosas estão em pé de guerra: com quatro ou mais filhos – e mais do que qualquer outro núcleo familiar, têm muitas dificuldades de chegar ao final do mês, e a perspectiva de apertar ainda mais o cinto por causa da crise econômica não alimenta esperanças futuras. Por isso, ontem houve um protesto em frente à Câmara dos Deputados, para pedir ao Parlamento e ao novo governo de Mario Monti para não descuidar dos problemas enfrentados pelas famílias com filhos dependentes.

O grupo foi recebido em Montecitorio (sede da Câmara) pelo conselheiro político-institucional de Gianfranco Fini, que garantiu que o presidente da Casa incumbirá os parlamentares de manter a vigilância, comentou Giuseppe Guarini, secretário nacional da Associação Nacional das Famílias Numerosas que, com 12 mil famílias associadas e mais de 75 mil membros constitui a realidade mais representativa dos núcleos citados.

De acordo com a Istat (o Instituto italiano de Estatísticas), o índice de pobreza das famílias numerosas passou nos últimos cinco anos de 18% para 30%, e uma família em três é pobre se tiver mais do que três crianças.

"Temos dificuldades enormes – disse Guarini – e as medidas previstas pelo novo governo não nos confortam, ao contrário".

Uma das principais preocupações se refere ao ICI, o imposto sobre a casa própria: a abolição desta taxa trouxe um certo alívio nos orçamentos das famílias, que moram em grandes casas e portanto com uma tributação pesada. Diante de sua possível reintrodução, o grupo pede que, pelo menos, se considerem as responsabilidades familiares.

A citada Associação criou um fundo de solidariedade, completamente autofinanciado: "Recebemos tantos pedidos de ajuda, que não conseguimos atender todos", diz Guarini. 

A delegação que se reuniu diante da Câmara enviou ao novo primeiro-ministro Mario Monti – assim como já fizera com o anterior, Silvio Berlusconi, uma T-shirt com a imagem impressa do Artigo 31 da Constituição, que afirma que o "A República facilita a formação da família…".

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