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Homem que atacou Berlim pode ter se radicalizado na Itália

O tunisiano Anis Amri, 24 anos, suspeito de ser o terrorista que atacou um mercado de Natal em Berlim pode ter se radicalizado durante o período em que ficou preso na Itália.   

Segundo uma entrevista do irmão dele, Abdelkader Amri, ao jornal "Bild", o jovem se radicalizou "na prisão italiana após ter deixado a Tunísia" em 2011. "Se ficar comprovado que ele estava envolvido, não fará mais parte da nossa família. Eu o convido a entregar-se à Polícia", disse ainda o Abdelkader.   

Amri chegou à Itália em 2011 e, quando foi identificado, se declarou menor de idade e foi transferido para um centro de acolhimento na Sicília. Desde quando estava sendo assistido pela instituição, ele cometia pequenos crimes, como aqueles de danos ao patrimônio. 

 

Assim que ele se tornou maior de idade, continuando a cometer crimes, mas agora de roubos, ele foi preso. Em 2015, ao sair de prisão, foi emitida uma ordem de expulsão para seu país-natal, mas como os documentos tunisianos nunca chegaram, ele foi notificado com uma ordem de afastamento da Itália. De lá, fugiu para a Alemanha.   

Nesta quinta-feira (22), o Departamento de Administração Pentitenciária (DAP) de Palermo informou que havia comunicado ao Comitê de Análise Estratégica contra o Terrorismo que Amri tinha comportamentos suspeitos durante o período em que ficou em prisões sicilianas.   

No informe, o DAP destacou que ele tinha um perfil de "radicalização" e que criou diversos episódios nos quais manifestava sua adesão ao ideal de terrorismo de matriz islâmica.   

Em um desses momentos, ele ameaçou "cortar a cabeça" de um outro preso, que era cristão. O tipo de morte se refere à maneira como o grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) matava os seus prisioneiros.  

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