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Ilha italiana de Lampedusa é fundamental para receber imigrantes, segundo entidades

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Organização Internacional para a Imigração (OIM) e a organização não-governamental Save the Children disseram hoje que a decisão das autoridades italianas em declarar Lampedusa como porto não seguro "pode comprometer todo o sistema de socorro dos imigrantes e dos que pedem asilo". 

De acordo com as entidades, a medida aumentaria a complexidade e o risco das operações de salvamento.

"Na verdade, não sendo mais possível atracar em Lampedusa, a efetiva capacidade de socorro da Guarda Costeira ficaria comprometida pela distância que seria necessária para chegar a outro ponto, como Porto Empedocle, a 120 milhas náuticas, especialmente nos casos de condições meteorológicas adversas e onde há pessoas que precisam com urgência de atendimento médico, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade", destacaram as organizações. 

O Acnur, a OIM e Save the Children disseram que "Lampedusa pode recuperar no curto prazo condições dignas, para voltar a ter sua função de primeiro acolhimento, hospedando os imigrantes pelo tempo estritamente necessário às atividades de assistência e identificação, esperando a rápida transferência a estruturas específicas do país". 

Segundo as entidades, "apesar de estamos cientes da particular pressão a que a ilha está sujeita nos últimos tempos e da atual capacidade limitada dos seus abrigos", o local continua a ser um importante "porto de chegada". 

As organizações ainda expressaram contrariedade em relação ao tratamento recebido pelos imigrantes a bordo dos barcos. Uma prática, que segundo elas, "levanta uma série de dúvidas no mérito das condições de permanência e da sua própria legitimidade na ausência da garantia prevista na legislação em vigor".

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