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Itália homenageia vítimas de massacre nazista em Roma

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano e o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, participaram de uma cerimônia em homenagem às vítimas do massacre das Fossas Ardeatinas, cometido há 65 anos por tropas nazistas.

Durante a cerimônia, o chefe de Estado afirmou que "o valor da memória consiste em aprender o que nos dizem as gerações que nos precederam, aprender o que nos ensinou a história e estar atentos para não repetirmos os erros do passado".

Napolitano disse que a cerimônia era uma ocasião para lembrar "um dos capítulos mais terríveis da perseguição contra os judeus, recordando, por sua vez, um capítulo significativo da dura resistência contra a ocupação nazista em Roma e na Itália".

Em 24 de março de 1944, 335 italianos foram fuzilados por soldados nazistas nas Fossas Ardeatinas, perto de Roma, como represália por um ataque realizado no dia anterior pela resistência italiana.

No ataque contra os nazistas, realizado por militantes dos Grupos de Ação Patriótica (GAP) na rua Rasella, perto da Fontana di Trevi , em Roma, morreram 32 soldados alemães e dois civis italianos.

O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, declarou que as Fossas Ardeatinas são um "lugar sacro da Roma Moderna", porque remetem à resistência dos italianos contrários à barbárie nazista.

"Aqui, se reforça e se mantém o valor da memória para que não se esqueçam os horrores dos totalitarismos, do nazismo, do fascismo e do comunismo, para que não retornem e para construir uma consciência democrática sólida", disse o prefeito.

Alemanno, que participou na juventude de organizações de caráter neofascista, lembrou que, "mesmo nos anos 70, o ódio ideológico ensanguentou esta cidade".

"Devemos conseguir que haja um claro repúdio de tudo aquilo que nega a democracia e a tolerância entre as pessoas", concluiu o prefeito.

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