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Itália vai usar recursos da União Europeia para “revolução verde”

A aprovação de um fundo da União Europeia para incentivar a retomada econômica no pós-pandemia vem movimentando os Estados-membros do bloco, que devem apresentar a Bruxelas nos próximos meses seus planos para utilizar os recursos.

Como maior beneficiária do fundo de recuperação em números absolutos, a Itália receberá 208,8 bilhões de euros (de um total de 750 bilhões) e já elencou uma lista de prioridades para investir esse dinheiro e possibilitar a retomada da economia.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte enviou aos partidos da base aliada nesta semana um rascunho do “Plano Nacional de Retomada e Resiliência”, que delineia 52 projetos para aportar 196 bilhões de euros em repasses europeus.

Trata-se ainda de um texto-base sujeito a mudanças, mas a versão inicial define seis macroáreas: revolução verde e transição ecológica (74,3 bilhões), digitalização e inovação (48,7 bilhões de euros), infraestrutura e mobilidade sustentável (27,8 bilhões), educação e pesquisa (19,1 bilhões), igualdade de gênero (17,1 bilhões) e saúde (9 bilhões).

Entre os projetos individuais, o que exigirá mais recursos é um plano de transição econômica com incentivos fiscais para estimular investimentos privados e dar estabilidade às empresas, totalizando 24,8 bilhões de euros.

Em seguida aparece o chamado “Superbonus” (22,4 bilhões de euros), pacote de incentivos para obras de eficiência energética e antissísmicas, além da implantação de instalações fotovoltaicas e de infraestruturas para recarga de veículos elétricos.

“Não podemos permitir atrasos”, alertou recentemente o premiê Conte, que deseja apresentar a versão final do texto até o fim do ano. “Esse plano deve confirmar a total credibilidade da Itália, não podemos desperdiçar os recursos. Se não alcançarmos esse objetivo, esse governo deve ir para casa, com desonra”, disse.

O fundo de recuperação será financiado por meio da emissão de dívida por parte da Comissão Europeia, algo inédito na história da UE.

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