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Italianos e autoridades lembram um ano do trágico terremoto em L’Aquila

Italianos e autoridades políticas da Itália lembraram o aniversário de um ano do terremoto que atingiu a região de Abruzzo na madrugada do dia 6 de abril de 2009, deixando cerca de 300 vítimas fatais e 1.600 feridos.

"Hoje é o dia da lembrança, da dor, do sufrágio, da oração", afirmou o subsecretário de Governo italiano, Gianni Letta, citando o abalo que devastou a cidade de L'Aquila e as localidades próximas.

"É preciso fazer um exame de consciência pessoal e coletivo para recuperar aquele espírito unitário das primeiras horas e dos primeiros dias, quando, todos juntos, procuramos sepultar os mortos e socorrer os vivos, confrontar, sem espírito de partes, a emergência de uma tragédia tão grande", continuou.

O subsecretário de Governo, que participou da inauguração de uma entidade assistencial religiosa na cidade, preferiu não fazer balanços sobre o terremoto. "Se o dia de hoje servisse para recuperar aquele espírito, seria um dia bem aproveitado, no clima da Páscoa", assegurou Letta.

O chefe da Defesa Civil italiana, Guido Bertolaso — um dos responsáveis pelos trabalhos de reconstrução da região afetada pelo tremor — assinalou que 2009 "não foi um ano passado em vão". "Aquilo realizado em L'Aquila é muito importante", disse ele.

"Ninguém foi abandonado e deixado sozinho. Parece-me que o estado e o país deram uma grande resposta de solidariedade, de firmeza, de participação, mas também de compostura", acrescentou. Bertolaso citou como trabalhos importantes no restabelecimento da área a reabertura do ano escolar e da universidade local e a construção de moradias.

Com 5,8 graus na escala Richter, o terremoto que atingiu L'Aquila deixou mais de 50 mil pessoas desabrigadas.

O funcionário também rebateu boatos sobre um eventual processo judicial no qual seu departamento seria acusado de homicídio culposo por ter subestimado os alarmes precedentes ao terremoto de 6 de abril. "O informativo, se existe, não o vi, não o conheço", afirmou.

Já o prefeito de L'Aquila, Franco Gabrielli, ressaltou que as prioridades para a recuperação da região são o emprego e a economia local. Para ele, o balanço é positivo, em especial quanto à assistência à população e à construção de estruturas importantes e urgentes.

"Me alegra sobretudo recordar 17 mil jovens que em cinco meses voltaram às aulas. Fizemos 32 escolas pré-fabricadas, 59 foram postas em segurança. Hoje, as escolas de L'Aquila são as mais seguras da Itália", assegurou o prefeito.

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