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Líderes europeus elogiam reforma trabalhista do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi

O projeto de reforma trabalhista apresentado pelo governo do premier italiano, Matteo Renzi, foi elogiado por líderes europeus que se reuniram em Milão para discutir o desemprego no continente.

Para a chanceler alemã, Angela Merkel, a Itália está "dando um passo importante" ao "eliminar barreiras" no mercado de trabalho. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também elogiou o projeto de Renzi, intitulado "Jobs Act". "É uma reforma importante que pode ter grande impacto na competitividade econômica italiana", disse Barroso. O premier italiano, por sua vez, afirmou que, "sem crescimento, não há trabalho e, sem trabalho, não há dignidade. Sem dignidade, a Europa não existe. Dar atenção ao crescimento econômico significa pedir à Europa para voltar a ser ela mesma".

Enquanto os líderes europeus se reuniam em Milão, porém, o Senado italiano passava por momentos de caos devido à reforma trabalhista. A ministra das Reformas Constitucionais, Maria Elena Boschi, foi ao plenário para pedir o voto de confiança ao projeto e acabou sendo recebida por berros, protestos e aplausos irônicos dos parlamentares.

"As reações de parte da oposição no Senado parecem mais uma encenação do que política. Se toda vez que apresentarmos alguma reforma no Senado tivermos que assistir a cenas como essas…

Não estou preocupado, mas é uma falta de respeito", criticou Renzi.

O premier decidiu colocar o projeto de reforma trabalhista para o voto de confiança no Senado na última segunda-feira (06).

Quando o Executivo toma tal medida, significa que está, de certa forma, condicionando sua própria permanência no poder à aprovação da confiança a determinado projeto. Esse instrumento é usado para evitar obstruções no Parlamento, bloqueando todas as emendas e fazendo com que a lei seja votada da forma como foi apresentada.

O ponto que tem mais gerado discussão entre os parlamentares tange especialmente às mudanças no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores. Segundo foi divulgado até o momento, as mudanças atingem a parte que regula as demissões sem justa causa nas empresas com mais de 15 funcionários.

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