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LIGAÇÕES POLÍTICAS BRASIL – ITALIA: Anulação dos processos do ex-presidente Lula – Por Dr. Rodrigo Capobianco

Ciao a tutti ! Come và?

No dia 08 de março de 2021 o Brasil foi surpreendido pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Luiz Fachin que anulou todos os processos criminais do ex-presidente Lula.

Dizem que até mesmo o ex-presidente foi pego de surpresa com a anulação.

Que essa decisão tem repercussão internacional, sem dúvida nenhuma tem e inclusive ecoa na Itália.

Em sua conta na rede social Twitter, o ex-primeiro Ministro da Itália Enrico Letta nos anos 2013/2014, na gestão do ex presidente Giorgio Napolitano, celebrou a decisão:

“Anuladas na Corte Suprema as condenações de Lula. Feliz por ele, feliz pelo Brasil” (Annullate in Corte Suprema le condanne a ?@LulaOficial?. Felice per lui, felice per il Brasile. #Lula #Giustizia pic.twitter.com/Al4XjTmryj

 ? Enrico Letta (@EnricoLetta)

O ex-premiê é filiado ao PD (Partido Democrata) com inclinação centro-esquerda e curiosamente é sobrinho de um político de alto-escalão do Partido “O Povo da Liberdade (PDL) Gianni Letta com inclinação centro-direita.

Em 2018, Letta já havia manifestado seu apreço pelo ex-presidente Lula quando se uniu a outros políticos europeus na elaboração de uma carta cobrando que o ex-presidente Lula participasse das eleições daquele ano, mencionando termos como “prisão apressada” do brasileiro que era “incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres de seu país”.

Enrico Letta nasceu em Pisa em 20 de agosto de 1966 e é casado com a jornalista Gianna Fregonara, com quem tem três filhos.

A decisão de anular os processos do ex-presidente Lula cabe recurso (e a Procuradoria Geral da República disse que o fará). Se mantida a decisão, os processos não se encerram e sim deverão ser demandados em outras Vara diferentes da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, pois a decisão analisou apenas a incompetência do juízo da capital paranaense para julgá-los.

Destaque-se que embora a decisão do Supremo Tribunal Federal não ataque o mérito dos processos, poderá interferir no mérito ao gerar a prescrição. No Brasil, o prazo prescricional corre pela metade quando o réu tiver mais de 70 anos, que é o caso do ex-presidente Lula.

Arrivederci!

Dr. Rodrigo Capobianco é advogado ítalo-brasileiro e colaborador do portal “Rádio Italiana”.

 

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