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Marcha pela Paz reúne milhares de italianos, levantando questões polêmicas

A marcha pela paz, que levou milhares de pessoas a percorrer os 24 quilômetros que separam Perugia de Assisi, voltou a propor este ano "o seu papel de grande portadora de mensagens, slogans e motivações distintas, além de associar um tema original bem italiano: aquele relacionado à crise da cultura e da política".

O perfil estético da marcha é aquele, multicolorido e variado, dos grupos, associações, dos filiados a partidos e sindicatos, junto a políticos, representantes de instituições (este ano aderiram 518 entidades locais e 600 cidades), escolas, grupos religiosos, além de pacifistas dos contextos mais variados.

Há também, como já é tradição, os convidados de países estrangeiros com guerras e outras crises em curso: este ano participaram o Afeganistão, a Palestina e Darfur. Há também os parentes das vítimas da máfia (tendo na linha de frente Dom Luigi Ciotti, a "alma" da associação Libera). 

A trilha sonora ficou por conta de coros, danças, slogan e faixas; e um mar de rostos, principalmente jovens (mais de 5 mil, pertencentes a 125 escolas italianas), que desde a última quinta-feira (13) agitaram Perugia com fóruns sobre temas como informação, política, direitos, cultura e Constituição.

O aspecto mais original da edição 2010 da Marcha pela Paz está no fato de ter dirigido o olhar principalmente para a Itália, seus problemas econômicos (como a crise de empregos), sociais (a partir da imigração) e políticos (com um apelo para o resgate dos valores da Constituição).

A participação de políticos foi fraca. Em outras edições da Marcha, principalmente nas ocasiões em que estavam em curso conflitos em algum lugar do mundo, a presença deles foi maciça.

Segundo os organizadores, houve mais de 100 mil participantes. Flavio Lotti, da Tavola della Pace (Mesa da Paz), destacou que "aos mais de 30 mil que partiram de Perugia, se somaram milhares de pessoas pelo caminho".

Entre as questões de destaque, teve o desfile dos moradores de L'Aquila, com carrinhos de mão, que relembraram o terremoto que devastou a região em 6 de abril de 2009 e a reconstrução. Houve também grupos que saíram às ruas para defender o emprego – formados por trabalhadores temporários e desempregados, que mostraram sua preocupação e o seu protesto com faixas espalhadas inclusive pelo percurso de 24 quilômetros. (ANSA)

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