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Roma recebe conferência da ONU em busca de “fome zero”

A cidade de Roma recebe uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre sistemas alimentares e que busca unir o mundo em torno do objetivo de eliminar a fome até 2030.

O encontro tem a participação de mais de 2 mil pessoas até a próxima quarta (26), incluindo lideranças políticas e da sociedade civil, na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“O desafio não pode ser apenas aquele de buscar um modelo que garanta comida para todo mundo. Na nossa visão, é preciso assegurar comida de qualidade para todos. A diferença não é sutil”, afirmou o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar da Itália, Francesco Lollobrigida, em uma sessão da cúpula.

“Existe uma conexão íntima entre alimentação, tradição, sustentabilidade econômica, ambiental e social. Conjugar de modo correto esses elementos pode garantir a busca por um modelo que enfrente o tema da segurança alimentar”, acrescentou.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, declarou que os países mais ricos têm o “dever de estender a mão para quem precisa”. “A Itália está na linha de frente nesse ponto de vista”, garantiu, ressaltando que “crianças demais ainda morrem de fome” no mundo.

Segundo Tajani, a “luta contra as mudanças climáticas e a pesquisa científica” serão “determinantes” para melhorar as vidas de “bilhões de pessoas”. “Poder se alimentar e se alimentar bem é um direito de cada ser humano”, salientou.

Já o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que dietas não saudáveis matam 8 milhões de pessoas por ano e são uma das principais causas de morte por doenças não transmissíveis.

“Muitas dessas vítimas estão ligadas a marketing agressivo, excesso de açúcar e gorduras e o uso de substitutos do leite materno”, destacou.

Até quarta-feira, a cúpula sobre sistemas alimentares deve contar com a presença de 22 chefes de Estado ou de governo e de representantes de mais de 160 países. Segundo o vice-diretor da FAO, Maurizio Martina, o objetivo da conferência é “unir forças e tentar reforçar os compromissos diários para fazer com que haja uma aceleração efetiva para se chegar ao objetivo fome zero”.

“Se não mudarmos de direção, ainda teremos 600 milhões de pessoas em área crítica alimentar em 2030”, acrescentou.

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