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Ministério Público de Florença abre investigação contra governador da Toscana

O governador da Toscana, Enrico Rossi, está sendo investigado pelo Ministério Público de Florença por causa de uma licitação relativa a um contrato de 4 bilhões de euros para a gestão do transporte público rodoviário na região.

Rossi, do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, é suspeito de falsificação de atos públicos, abuso de poder, fraude em licitação e de ter induzido a promessa de vantagens indevidas.

O MP de Florença iniciou as investigações após a Mobit Scarl, concorrente da Autolinee Toscane, vencedora da licitação, ter apresentado uma queixa sobre o resultado final da disputa.

De acordo com os promotores do caso, o governador teria “antecipado”, em uma entrevista em 13 de novembro de 2015, o resultado da licitação. Além de Rossi, outras seis pessoas estão sendo investigadas.

“As acusações são difamatórias e ridículas. Espero o momento certo para processar os caluniadores, a quem aconselho a se preparar para pagar por suas difamações. Aqueles que apresentaram a denúncia escondem o fato de que as notícias já estavam em domínio público havia um mês e que a imprensa e as agências nacionais haviam divulgado amplamente, desde a reunião da comissão para a abertura dos envelopes, que foi pública, conforme exigido por lei.

Portanto, todos estavam cientes do resultado”, escreveu Rossi em seu perfil do Facebook. O contrato, que deveria ter entrado em vigor no dia 1º de junho, sofreu um atraso em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Todo o serviço de transporte rodoviário público da Toscana seria comandado pela Autolinee, que tem participação do grupo francês Ratp, por um período de 11 anos, pelo valor recorde de 4 bilhões de euros.

“Vergonha na região da Toscana, o contrato de 4 bilhões de euros concedido aos franceses (e isso já exige vingança) acaba sob investigação, até o governador de esquerda é investigado. Os cidadãos da Toscana merecem mais!”, comentou o líder do partido de extrema direita Liga, Matteo Salvini.

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