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Ministro do Meio Ambiente da Itália diz que não há saneamento parando produção da siderúrgica Ilva

"O programa de recuperação da siderúrgica é o mais importante da Europa, requer recursos consideráveis e está em uma situação de mercado complexa. Se alguém pensa que o saneamento pode ocorrer parando a fábrica, está equivocado", disse o ministro do Meio Ambiente, Corrado Clini, em Taranto. "O Tribunal Constitucional vai votar sobre o mérito. Nos fatos, há uma lei aprovada por uma maioria esmagadora no Parlamento, com parecer contrário de alguns poucos parlamentares", disse ele para a imprensa após reunião com os líderes da Ilva e representantes sindicais.

"Não temos um plano B se a Consulta disser que a Lei 231 (salva-Ilva) é inconstitucional. Esta planta não é uma oficina mecânica", observou Clini.

"O objetivo de recuperar o território de Taranto, favorecendo os recursos naturais, promover novas atividades produtivas de baixas emissões e transformar as instalações industriais para torná-las compatíveis com o meio ambiente está ao nosso alcance", acrescentou o ministro antes de se reunir com a cúpula da siderúrgica, o subsecretário de Desenvolvimento Econômico Claudio De Vincenti, o Garante de atuação do Tribunal de Haia e o comissário para o resaneamento ambiental de Taranto, Vitaliano Esposito e Pini Alfio. 

"Taranto pode ser o exemplo mais importante da Europa, após o da Ruhr, de remodelação de um grande parque industrial. Estou em Taranto para confirmar a responsabilidade das instituições em seus vários papeis e para garantir a conformidade com as diretrizes europeias e as leis nacionais, que são a garantia para a saúde, para o ambiente e para o trabalho", disse ainda Clini. "O processo que começou em julho passado com o Protocolo de Entendimento para Taranto, e reforçado em outubro em Haia, já deu resultados importantes em termos de melhoria da qualidade do meio ambiente".

"Estou em Taranto, acrescentou, para verificar o estado de execução e o comprometimento para com o saneamento ambiental da indústria e a recuperação da qualidade ambiental local, comprometida por mais de 60 anos por atividades industriais que, durante muitas décadas, foram desenvolvidas sem considerar a prioridade da segurança do ambiente e da saúde".

Os operários fizeram uma manifestação pacífica em frente à planta da Ilva de Taranto, organizada pela USB e os trabalhadores do departamento MOF (Movimento Ferroviário), onde em 30 de outubro passado um incidente de trabalho matou o operário Claudio Marsella.

A categoria reclama que os últimos acontecimentos continuam a "oferecer à classe trabalhadora nenhuma certeza de emprego, saúde, renda e meio ambiente". Para o coordenador da USB de Taranto,Francesco Rizzo, até agora "as medidas do governo só beneficiaram a empresa. A apreensão dos produtos acabados é apenas um álibi para não investir os recursos necessários".

A Grã-Bretanha confirmou às autoridades italianas que bloquearam em Londres o vice-presidente do Grupo Riva, mas Fabio Riva só estará na Itália daqui um mês.

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