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Ministro italiano Franco Frattini pede firmeza da ONU contra a Síria

O chanceler da Itália, Franco Frattini, defendeu que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja mais firme contra o governo da Síria para que o ditador Bashar Al Assad pare com a violência contra os manifestantes anti-governo e estabeleça reformas democráticas.

"É o momento das Nações Unidas exprimirem uma voz clara e forte que diga ao regime de Assad que há uma última possibilidade, sem alternativa, de cessar a violência e de fazer as reformas", afirmou o chefe da diplomacia italiana.

Ele recordou que seu país já defendeu, ao lado da França, sanções contra a Síria, mas disse que as duas nações vêem "uma relutância da comunidade internacional em adotar uma resolução no Conselho de Segurança [CS] das Nações Unidas".

"Acho que esse momento [de votar e aplicar sanções] ainda não chegou, mas temos a obrigação de sermos muito firmes", atestou o ministro das Relações Exteriores.

A repressão do governo de Assad contra as manifestações no país já levou mais de nove mil sírios a cruzarem a fronteira com a Turquia, sendo que dois mil teriam atravessado-a somente na última noite, de acordo com fontes oficias dessa nação.

Frattini também comentou sobre a situação que se desenvolveu na Líbia, que também tem levado a uma onde de imigrações em direção à Itália, e indicou que apenas uma saída "política" e "pacífica" é possível para o país africano, onde a Itália tem participado da intervenção militar internacional contra o regime de Muammar Kadafi.

O titular do Ministério italiano do Interior, Roberto Maroni, fez hoje uma declaração semelhante, afirmando que seu país espera que "se conclua rapidamente a fase das bombas e se passe à negociação" e a formação de um governo "com o qual se possa dialogar" para que, dessa forma, se possa aplicar uma política de imigração, que ele considerou "indispensável".

O chanceler italiano disse que a ação militar na nação líbia não tinha como objetivo arrasar o país, nem matar Kadafi e sua família, mas argumentou que a intervenção "permitiu salvar milhares e milhares de vidas humanas".

Ele recordou que o Conselho Nacional de Transição (CNT), formado pela oposição da Líbia, "propôs como solução um governo de reconciliação que inclua Trípoli e Tripolitania, mas exclua o ditador e sua família".

"Essa é uma condição mínima", opinou o diplomata italiano, lembrando que os procuradores do Tribunal de Justiça Internacional, em Haia, já solicitaram a prisão de Kadafi.

O chanceler ressaltou a legitimidade do CNT, que foi reconhecido ontem pela Alemanha como interlocutor do país africano, e observou que, a cada dia, mais "países importantes" o reconhecem.

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