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Ministros da União Europeia aprovam redistribuição de imigrantes

Os ministros do Interior da União Europeia se reuniram para discutir possíveis medidas para conter a crise imigratória que atinge o continente e que já é considerada a maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A pauta principal é a distribuição de imigrantes pelos 28 países-membros do bloco, ideia já apresentada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker.

O sistema fixo de cotas é considerado a base para um acordo permanente para concessão de refúgio aos imigrantes. De acordo com fontes locais, os ministros já aprovaram a redistribuição de 40 mil imigrantes que chegaram ou chegarão à Itália (24 mil) e à Grécia (16 mil) em dois anos.

A medida recai sobre os pedidos de refúgio feitos entre os dias 15 de agosto de 2015 e 16 de setembro de 2017. A Espanha, que em julho tinha demonstrado dúvidas sobre o projeto de cotas, chegou à cúpula concordando em receber mais 15 mil imigrantes, além dos 2,8 mil já aceitos anteriormente. Mas o país exigiu uma "política europeia comum" para concessão de refúgio e a criação de um "Plano Marshall para a África" para combater as causas dos deslocamentos populacionais. Já o ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, pediu que as operações de repatriação seja feita pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras (Frontex).

"A ação deve ser uma responsabilidade europeia e é preciso verba comum para organizar o projeto", disse Alfano. Antes da cúpula, os 28 países da UE aprovaram o início da "fase 2" da missão naval EuNavFor Med, que prevê o uso da força contra traficantes de seres humanos no Mar Mediterrâneo. O procedimento deve entrar em vigor no dia 1 de outubro. A primeira fase da operação, iniciada em julho, consistiu em ações de inteligência. Enquanto os representantes europeus discutem possíveis soluções para a crise, milhares de imigrantes continuam chegando à Itália, Grécia e Hungria, que estão entre as principais rotas de entrada para a Europa. No fim de semana, a Alemanha anunciou medidas de controle nas fronteiras para tentar conter o fluxo de imigrantes. Áustria, Eslováquia e Holanda também devem seguir o modelo de Berlim.

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