Notícias

Naufrágio pode ter deixado 700 vítimas nas águas do Canal da Sicilia, próximo ao norte da Líbia

Uma embarcação com 700 imigrantes ilegais naufragou nas águas do Canal da Sicília, próximo ao norte da Líbia.

Dependendo do número de vítimas confirmadas, este pode ser o mais grave episódio do tipo registrado na região.

O premier italiano, Matteo Renzi, que se encontrava em compromisso político no norte da Itália, está retornando a Roma para acompanhar a situação e disse que irá convocar uma reunião extraordinária da União Europeia (UE) para debater o tema.

Ele ainda irá se encontrar neste domingo com o chanceler Paolo Gentiloni e o ministro do Interior, Angelo Alfano.

No Mar Mediterrâneo, todo dia acontece uma tragédia", lamentou o primeiro-ministro.

A alta representante para Política Externa da União Europeia (UE), a italiana Federica Mogherini, por sua vez, declarou que o episódio é "inaceitável".

Tragédia

A tripulação da embarcação emitiu um pedido de socorro à Guarda Costeira italiana alegando problemas de navegação. As autoridades pediram, por sua vez, para que o navio de bandeira portuguesa King Jacob, que estava na zona, se aproximasse para ajudar o pesqueiro.

Acredita-se que, ao visualizar o navio, os imigrantes se posicionaram no lado da balsa que não estava debaixo da água, acelerando seu afundamento.

A operação de busca foi iniciada imediatamente, o que permitiu salvar as quase 30 vidas.

Foram enviadas outras embarcações ao local, assim como aeronaves da Guarda Costeira, que participam da busca de sobreviventes.

ONU

A representante da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Carlotta Sami, disse que a tragédia "de enormes proporções confirma a necessidade de uma intervenção europeia".

Ainda segundo ela, quando os barcos que deixam a Líbia, geralmente superlotados, lançam pedidos de ajuda aos portos italianos, já é tarde para ajudar. Histórico – No início de março, a agência da União Europeia para controle de fronteiras (Frontex) já havia alertado que entre 500 mil e 1 milhão de pessoas estão prontas para deixar a Líbia rumo à Europa ao longo de 2015.

Como a Itália está a menos de 300 km de distância por água da nação africana, acaba sendo a principal porta de entrada para imigrantes ilegais no continente. Segundo dados da Acnur divulgados nesta sexta-feira (17), 950 pessoas já morreram desde o início do ano tentando atravessar o mar Mediterrâneo em busca de uma vida melhor no continente europeu.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios