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Ex-comandante Francesco Schettino lança livro sobre o navio Costa Concordia, que naufragou em 2012

Condenado em primeira instância a mais de 16 anos de prisão pelo naufrágio do navio Costa Concordia, em janeiro de 2012, o ex-capitão Francesco Schettino lançou um livro sobre a tragédia. Escrito a quatro mãos com a jornalista Vittoriana Abate, "Le verità sommerse" ("As verdades submersas") narra os últimos momentos antes do transatlântico afundar, causando a morte de 32 pessoas. Segundo a repórter, a obra não é uma versão de Schettino sobre o naufrágio, mas sim um relato detalhado com fotos, documentos e interceptações telefônicas relativas ao caso. O livro tem cerca de 600 páginas.

A obra foi lançada na cidade de Meta, terra natal do ex-comandante, que usou a dedicatória para enviar uma mensagem aos parentes das vítimas.

"Àqueles que naquela noite foram atingidos por meio de seus entes mais queridos, porque a eles, mais do que a qualquer outro, deve ser dita a verdade", escreveu Schettino.

O Costa Concordia afundou no dia 13 de janeiro de 2012, após se chocar contra as rochas da ilha italiana de Giglio, na Toscana. Depois de quase três anos de processo, o ex-capitão foi condenado em fevereiro passado a 10 anos de prisão por múltiplas lesões e múltiplos homicídios culposos, cinco por naufrágio culposo e um por abandono de navio e de incapazes.

Além disso, ele pegou um mês de detenção por não ter informado corretamente a Capitania dos Portos no momento do acidente, totalizando 16 anos e um mês de cadeia. A sentença também prevê que Schettino nunca mais ocupe cargos públicos e fique proibido de comandar embarcações por cinco anos.

Apesar de alta, a pena ficou bem abaixo do que pedia a Promotoria: 26 anos e três meses de prisão. Como a decisão foi em primeira instância, a Justiça decidiu mantê-lo em liberdade até que todos os recursos tenham se esgotado.

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