O papa Francisco descreveu alguns centros de refugiados da Europa como “campos de concentração”, ao prestar homenagem a uma cristã desconhecida assassinada por sua fé, diante do marido, que é muçulmano.
Saindo do roteiro que tinha preparado e se mostrando emocionado enquanto falava, o pontífice argentino disse querer que a vítima fosse lembrada com outros mártires na basílica de São Bartolomeu, em Roma.
“Não sei se esse homem ainda está em Lesbos, ou se conseguiu ir para outra parte. Não se se foi capaz de fugir desse campo de concentração”, lamentou o papa.
“Minha mulher não fez isso, e eles a degolaram na minha frente. Nós nos amávamos muito”, completou o papa, citando o homem.
Francisco não revelou sua nacionalidade, mas a maioria dos migrantes de Lesbos na época de sua visita havia fugido do conflito sírio. Francisco voltou para Roma junto com três famílias desse país, para começarem uma nova vida na capital italiana.
O papa se reuniu com outros refugiados que haviam chegado à Europa legalmente com a ajuda da Comunidade de Santo Egídio.
O sumo pontífice lembrou ser necessário que a generosidade para com os imigrantes demonstrada pela população de Lesbos e das ilhas italianas da Sicília e Lampedusa se propague pela Europa.