
O Papa Leão XIV disse que o sacerdote polonês Stanislaw Streich, considerado “mártir do comunismo”, foi beatificado no último dia 24 de maio em uma cerimônia em Poznan, na Polônia.
Durante sua primeira oração Regina Coeli da janela do Palácio Apostólico, no Vaticano, Robert Francis Prevost explicou que Streich foi “morto por ódio à fé em 1938 porque seu trabalho em prol dos pobres e trabalhadores incomodava os seguidores da ideologia comunista”.
O religioso era pároco de São João Bosco em Luboń, perto de Poznań, e foi fuzilado por Wawrzyniec Nowak durante a celebração de uma missa em 27 de fevereiro de 1938. Na ocasião, a imprensa relatou que, no momento do assassinato, o homem gritou: “Viva o comunismo! Eu fiz isso por vocês! Saiam da igreja!”.
De acordo com o Vatican News, o assassino era um membro da milícia reunida no Departamento Militar do Partido Comunista da Polônia. Ele considerava a Igreja Católica uma inimiga do progresso e da revolução.
Os testemunhos preservados mostram que Streich era um homem humilde e fazia o máximo para ajudar os necessitados, além de ser um ativista social e ter ajudado a estabelecer muitas associações religiosas na paróquia. O padre também apoiava os pobres e desempregados, organizava catequese para crianças e ajudava famílias.
“Agora que Stanisław Streich é bem-aventurado, a Igreja sabe que tem nele um amigo de Deus, a quem pode confiar suas ansiedades e preocupações, seus desejos e necessidades”, destacou o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, durante a Santa Missa para a beatificação de um “sacerdote e mártir da fé, apóstolo da fraternidade, benfeitor do seu povo”.
Durante a homilia, Semeraro destacou que Streich “era um homem que amava a vida, a vivia com simplicidade e dignidade e, acima de tudo, a gastava com um coração alegre em favor das comunidades que lhe eram confiadas. Essa disposição e resolução de espírito encontraram sua plena realização no autossacrifício”, observou.