Catolicismo Romano

Papa Leão XIV pede à Cúria que trabalhe “sem preconceitos e com humor”

O Papa Leão XIV recebeu na Sala Paulo VI, os funcionários do Vaticano e seus familiares, agradeceu todos pelo trabalho prestado e pediu para que atuem “evitando preconceitos e também com uma dose de humor, como ensinou o papa Francisco”, falecido em 21 de abril.

“Obrigado, obrigado. Quando os aplausos duram mais que o discurso, terei que fazer o discurso mais longo, então tomem cuidado”, brincou o Pontífice norte-americano ao ser ovacionado pelos oficiais da Cúria Romana, os funcionários da Santa Sé, do Governatorato e do Vicariato.

O Estado pontifício emprega cerca de 4,8 mil pessoas, entre sacerdotes, freiras, religiosos, mas sobretudo leigos, que trabalham em vários setores, como nos escritórios de todos os Dicastérios, Museus, manutenção, segurança, comunicação e saúde.

Em seu discurso, Leão XIV reforçou que “este nosso primeiro encontro certamente não é o momento para fazer discursos programáticos, mas sim a ocasião para agradecer todos vocês o serviço que prestam”.

“Sim, como sabem, cheguei há apenas dois anos, quando o amado Papa Francisco me nomeou Prefeito do Dicastério para os Bispos. Então deixei a diocese de Chiclayo, no Peru, e vim trabalhar aqui. Que mudança! E agora… O que posso dizer?”, disse Robert Prevost, eleito pontífice em 8 de maio.

O Papa lembrou aos funcionários da Cúria e do Vaticano que sua experiência missionária faz parte de sua vida. Como religioso agostiniano, foi missionário no Peru e sai vocação pastoral amadureceu entre o povo peruano. “Nunca poderei agradecer o suficiente ao Senhor por este dom!”, afirmou.

Além disso, enfatizou que “os Papas passam, mas a Cúria permanece”. Segundo ele, “isso vale para cada Igreja particular, para as Cúrias episcopais. E vale também para a Cúria do Bispo de Roma”.

Prevost explicou que “a Cúria é a instituição que preserva e transmite a memória histórica de uma Igreja, do ministério dos seus Bispos” e “isso é muito importante”.

“A memória é um elemento essencial de um organismo vivo. Ela não se dirige apenas ao passado, mas nutre o presente e orienta para o futuro. Sem memória, o caminho se perde, perde-se o sentido da viagem”.

Perante aos milhares de trabalhadores, o novo líder da Igreja Católica apelou para todos buscarem “juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, que dialoga, sempre aberta a acolher de braços abertos todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do nosso diálogo e do nosso amor”.

Ele também lembrou que para “cooperar na grande causa da unidade e do amor”, devemos fazê-lo “antes de tudo com o nosso comportamento nas situações cotidianas, começando também no local de trabalho”.

“Cada um de nós pode ser construtor de unidade por meio da nossa atitude em relação aos colegas, superando os inevitáveis mal-entendidos com paciência e humildade, colocando-nos no lugar do outro, evitando preconceitos e também com uma boa dose de humor, como nos ensinou o papa Francisco”, concluiu. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios