O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, adverte os italianos para que não votem novamente em Silvio Berlusconi. O ex-primeiro-ministro "já despachou uma vez a Itália para o fundo do abismo com uma ação de governo irresponsável" e defendendo os interesses pessoais, destacou o político alemão entrevistado pelo tabloide Bild.
Para Schulz, nas eleições de domingo (24) e segunda-feira (25) "há muito em jogo, incluindo o fato de não perder a confiança" que o país conquistou com o atual primeiro-ministro Mario Monti. "Tenho grande confiança em que os eleitores e eleitoras italianos farão a melhor escolha para o seu país", disse o presidente.
As reações não tardaram. "Eu me pergunto como é possível que o nosso chefe de Estado (Giorgio Napolitano) não dê um basta para proteger a nossa soberania e nossa dignidade nacional com as palavras adequadas", observou Sandro Bondi do PDL (Povo da Liberdade, partido de Berlusconi), em se referindo às interferências indevidas e pesadas de representantes de instituições europeias, como as do presidente do Europarlamento.
"Agora, o presidente do Parlamento Europeu ultrapassou todos os limites, incluindo o da decência. Não estando na Itália para a campanha eleitoral, usa a sua visibilidade como presidente do Europarlamento para influenciar o voto de. italianos", comentou Licia Ronzulli, eurodeputada do PDL.
"O presidente Schulz é um inimigo da democracia e da Itália e é indigno da função que exerce", disse por sua vez a deputada do PDL Alessandra Mussolini.
