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Presidente da Itália, Sergio Mattarella, concede perdão parcial a ex-agentes da CIA

O Presidente da Itália, Sergio Mattarella, reduziu as sentenças de dois ex-agentes da CIA envolvidos no sequestro de um imã egípcio em 2003.

O ex-chefe da CIA em Milão Bob Seldon Lady foi condenado "in absentia", juntamente com outros 22 agentes, em 2009, pelas autoridades italianas, devido ao rapto de Osama Mustafa Hassan Nasr, mais conhecido como Abu Omar.

Osama Nasr foi levado do nordeste de Itália para uma base norte-americana na Alemanha, seguindo para o Cairo, onde alega ter sido torturado.

Bob Seldon Lady teve a sentença mais pesada, que aumentou de oito para nove anos de prisão na sequência de um recurso apresentado em 2010, embora nunca tenha sido extraditado nem cumprido a pena.

O caso pôs em evidência o programa que os EUA colocaram em prática após o 11 de setembro de 2001 e no âmbito do qual militantes islâmicos suspeitos eram enviados para países onde ficavam detidos, eram interrogados e, possivelmente, submetidos a maus-tratos.

Bob Lady teve um perdão de pena de dois anos e o também agente da CIA Betnie Medero teve uma redução similar, tendo a decisão de reduzir as penas sido baseada na suspensão do programa dos EUA, que ocorreu quando o Presidente Barack Obama ocupou o cargo, em 2009.

A Itália negou qualquer envolvimento na entrega de Abu Omar, que agora vive no Egito e foi condenado à revelia a seis anos de prisão por um tribunal italiano em 2013.

 

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