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Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi afirma que manterá taxa 0,15% por mais tempo

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, concedeu uma entrevista coletiva sobre o corte na taxa de juros para 0,15%, a menor da história. "A taxa-chave do BCE ficará neste nível por um período maior de tempo. Se necessário agiremos ainda, mesmo que com medidas extraordinárias. O Conselho está pronto – por unanimidade – a intervir com medidas não convencionais, se as condições da economia piorarem", disse Draghi.

Ele explicou que o pacote de medidas que o banco adotará a partir de agora virá em três partes e ajudará a manter a inflação "próxima, mas inferior a 2%": o primeiro foi tomado hoje, com o alívio da política monetária através dos cortes de taxas, que pela primeira vez deixou negativa a taxa sobre depósitos. A segunda parte tem como objetivo fortalecer a transmissão da política monetária, onde haverá mais duas reuniões sobre os débitos a longo prazo em setembro e dezembro.

A última etapa é comprar títulos Abs, que são aqueles que impactam em créditos deteriorados, mas que não sejam financiados pelo setor privado. Draghi também informou que serão suspensas as operações semanais do BCE que absorvem a liquidez criada através da compra de títulos de governo durante a crise.

O presidente também afirmou que as projeções mostram que a economia da Europa crescerá "moderadamente também no segundo semestre". Ontem, foram divulgados os dados de um crescimento de 0,2% da economia dos países da zona do euro. Draghi também disse que a situação deve melhorar em 2015, "com estimativas revistas para cima".Ele aproveitou para elogiar as medidas adotadas por alguns países para fazer reformas que aumentem a competitividade da economia, mas ressalta que elas deveriam vir de uma maneira mais uniforme. Draghi pediu o aumento de investimentos públicos e privados e reformas estruturais nas nações europeias.

Matteo Renzi

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, aproveitou para falar que o BCE não tem poder sobre a economia italiana, falando que "não são eles que têm mais cinco anos de mandato" para melhorar o país.

 

 

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