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Presidente italiano Giorgio Napolitano diz que Monti e Letta não são “caprichos”

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou que o nascimento dos governos de Mario Monti e Enrico Letta não foram caprichos seus.

Os dois últimos primeiros-ministros do país foram encarregados pelo chefe de Estado de formar um gabinete em meio a crises econômicas e institucionais que deixavam a nação à beira da paralisia. "Os governos de Monti e Letta são descritos como inventados pelo presidente da República, mas isso não é verdade porque não são nomes diferentes daqueles que foram indicados ao longo das consultas", declarou o mandatário.

Ele também respondeu às manifestações dos eurodeputados do partido de extrema-direita Liga Norte enquanto discursava no Parlamento Europeu na última terça-feira (4). "Eu não me senti particularmente perturbado ou atingido. É um grupo que preferiu protestar da forma que escolheu", disse, acrescentando que um político da legenda explicou que a ação se tratava de uma contestação ao euro e à União Europeia (UE), e não um sinal de falta de respeito a um dos políticos mais respeitados da Itália.

Durante o pronunciamento de Napolitano, parlamentares da Liga levantaram cartazes com as frases "No euro" e "Euro kills". A deputada Mara Bizzotto chegou a vestir uma camiseta com a inscrição "Este não é o meu presidente". "Ele e sua política são um fracasso. Napolitano precisa repensar, talvez apresentando sua renúncia", afirmou Lorenzo Fontana, líder do partido.

Em seu discurso no Parlamento Europeu, o mandatário pediu o fim da política de austeridade e declarou que a UE precisa de uma coesão política mais forte para evitar o retorno de nacionalismos excessivos e do egoísmo das classes dirigentes. Ele também negou qualquer possibilidade de a Itália deixar o euro, dizendo que "não se pode voltar atrás na construção europeia".

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