Previdência Italiana

PREVIDÊNCIA ITALIANA: Situação das pensões é problemática

A Itália tem uma relação de disponibilidade de fundos de pensões e Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1%, só um pouco melhor do que a Bulgária (3,5%) e pior do que a Nigéria (4,3%). É o que indicam dados da OCDE.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, citados por Alberto Brambilla, ex-subsecretário do Bem-Estar, responsável pela 'seguridade social' no segundo e terceiro governos de Silvio Berlusconi fez esta explanação na apresentação do primeiro Dia Nacional da Previdência Social, agendado na Bolsa de Valores de Milão.

"Os países europeus mais evoluídos estão na faixa dos 50% e alguns até acima dos 100%", disse Bramilla, que atualmente coordena o Comitê Científico de Itinerários da Seguridade Social, frisando que a previdência gera 70% da dívida pública italiana, com uma média de € 45 bilhões anuais que o Estado deve compensar.

"Nós concluímos as reformas e a situação começa a melhorar, comentou Brambilla, mas um quarto dos contribuintes italianos denuncia não mais que € 9 mil por ano (e portanto não paga contribuições), e outro quarto não excede os € 25 mil, com um máximo de € 6 mil em contribuições". Uma ajuda vem dos imigrantes que, segundo Brambilla, fornecem cerca de 10% do total das contribuições anuais.

"Há um desconhecimento muito grande sobre uma questão fundamental para cada um de nós como a da previdência", diz o CEO da Bolsa de Valores italiana, Raffaele Jerusalmi, durante a apresentação do citado Dia Nacional da Previdência. "É portanto saudável aproximar os jovens e também aqueles que estão há muito tempo no mercado de trabalho, para evitar o risco de ações equivocadas, já que ninguém tem a percepção do que vai acontecer nos próximos 20 ou 30 anos neste setor".

No evento milanês de dois dias participarão 65 entre instituições públicas e privadas de seguridade social, fundos de pensão complementar, fundos de saúde integrativa, sociedades bancárias, financeiras, seguradoras e de serviços. Estão previstos mais de 60 palestrantes nas três reuniões institucionais, além de 23 encontros entre conferências e workshops. 

Marcarão presença, entre outros, o presidente do INPS, Antonio Mastrapasqua; o presidente de Ania (Associazione Nazionale fra le Imprese Assicuratrici), Fabio Cerchiai; o CEO do banco Intesa Sanpaolo, Corrado Passera; o presidente da Confcommercio, Carlo Sangalli; os sindicalistas Raffaele Bonanni e Luigi Angeletti; e os ministros Roberto Maroni e Maurizio Sacconi.

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