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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi tenta comprovar apoio da maioria parlamentar

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, tem 72 horas para comprovar se possui apoio da maioria parlamentar, depois das últimas deserções do partido governista Povo da Liberdade (PdL) e diante da votação da próxima terça-feira, informa neste sábado a imprensa local.

Berlusconi foi informado na sexta-feira à noite, após voltar de Cannes, na França, da Cúpula do G20, que, neste momento, não teria mais apoio da maioria na Câmara dos Deputados. Segundo a imprensa italiana, o secretário-geral do PdL, Angelino Alfano, o coordenador nacional do partido, Denis Verdini, e o subsecretário da Presidência do Governo, Gianni Letta, foram durante a noite à residência romana de Berlusconi para indicar que os deputados da coalizão governamental se reduziram a 306.

Berlusconi, segundo a imprensa italiana, pediu 72 horas para comprovar se conta com o número de deputados favoráveis para seguir governando e, em caso negativo, buscar novos aliados, embora durante a Cúpula do G20 tenha reiterado que tinha a maioria e que seu governo não cairia.

Enquanto estava em Cannes, Berlusconi perdeu o apoio de dois deputados até então aliados: Alessio Bonciani e Ida D'Ippolito, que passaram a fazer parte do grupo da União de Democratas-Cristãos de Centro (UDC). A eles se soma o deputado Roberto Antonione, que anunciou sua intenção de deixar o PdL e garantiu que não irá mais votar a favor uma hipotética questão de confiança ao governo.

Esses parlamentares ameaçam retirar sua confiança ao atual Executivo se não forem realizadas as reformas necessárias para lutar contra a crise. Dessa maneira, segundo os últimos dados, Berlusconi conta com 219 deputados, aos quais se deve somar os 59 da Liga Norte e os 28 do Povo e Território, para chegar até o nível de 306 parlamentares seguros que apoiam o governo, frente a uma maioria absoluta de 316.

Esses números não bastariam para conseguir aprovar na próxima terça-feira na Câmara dos Deputados o novo texto sobre as contas do Estado de 2010.

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