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Primeiro-ministro Mario Monti conquista voto de confiança para uma lei que envolve corte de gastos

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, conquistou um voto de confiança para uma lei que envolve cortes de gastos avaliados em 4,5 bilhões de euros extras neste ano, com o objetivo de controlar o déficit e adiar um aumento planejado em impostos sobre vendas.

A Câmara de Deputados da Itália apoiou Monti por 403 votos a favor e 86 contra, preparando o caminho para a votação final para converter o projeto em lei nesta tarde. O voto de confiança foi solicitado para limitar o debate e acelerar a aprovação antes do recesso de verão no país. No último dia 31, Monti havia conquistado voto de confiança do Senado.

As reduções de gastos somam-se aos 10,5 bilhões de euros em cortes previstos pelo pacote de austeridade de Monti, o qual foi aprovado em dezembro.

As economias feitas a partir dos cortes aumentarão para 10,9 bilhões de euros em 2013 e 11,7 bilhões de euros em 2014, e eles irão adiar o aumento de 2 pontos percentuais no imposto sobre vendas até julho do ano que vem.

O aumento no imposto sobre vendas – atualmente em 10% e 21% – deveria entrar em vigor em outubro.

As novas medidas para economizar dinheiro incluem reduções nos gastos com saúde e uma diminuição gradual do número de funcionários empregados no setor público.

PIB

A Itália anunciou uma contração de 0,7% de seu PIB no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior, segundo a primeira estimativa. Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a queda é ainda maior, 2,5%. No primeiro trimestre deste ano, a contração havia sido de 0,8%.

A economia italiana é considerada a terceira maior da zona do euro, depois da Alemanha e da França, e a quarta maior da Europa – incluindo o Reino Unido. Atingida pela crise da dívida e por uma série de planos de austeridade destinados a tranquilizar os mercados, a Itália registra a quarta queda na comparação trimestral e a terceira, na comparação anual.

Neste trimestre, foram registrados recuos em todos os setores da economia: agricultura, indústria e serviços, de acordo com o Istat.

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