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Protestos se espalham pela Itália e preocupam governo

Um grupo de cerca de 300 estudantes protestou diante da Universidade "La Sapienza", em Roma, durante uma conferência nacional sobre biodiversidade e economia verde que reuniu autoridades do país.

Os manifestantes seguraram cartazes e lançaram explosivos contra a universidade. Em alguns momentos, a polícia teve de agir para conter os protestos. Duas pessoas foram detidas. Os estudantes argumentavam que a universidade está "abandonada", sem verbas até para pesquisas científicas.

"Estou aqui disposto a dialogar, mas não acho que dê para dialogar enquanto são usados explosivos", disse o ministro do Meio Ambiente, Andrea Orlando, que participava da conferência.

O protesto de hoje se soma aos que têm ocorrido em toda a Itália desde o último dia 9 por diversos motivos. Há protestos contra a construção de um Trem de Alta Velocidade (TAV), contra a degradação ambiental da chamada "Terra dos Fogos" — vasta área entre as províncias de Nápoles e Caserta–, além de manifestações de cunho político e econômico promovidas pelo "Movimento dos Forconi".

O "Movimento dos Forconi" tem promovido atos em várias regiões do país e vem acumulando proporções. Inicialmente formado por agricultores, pastores e lavradores italianos da região da Sicília para protestar contra o cenário político atual e os impostos do setor, se difundiu pela Itália e ganhou seguidores de outras áreas, como operários e comerciantes. Em um pronunciamento à Câmara dos Deputados, o ministro do Interior da Itália e vice-premier, Angelino Alfano, alertou para o "risco dos protestos se tornarem uma rebelião generalizada contra instituições nacionais e européias". Por sua vez, o primeiro-ministro Enrico Letta afirmou que os manifestantes "são uma pequena minoria e não representam o país".

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