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Salvini é investigado por abuso de poder em voos oficiais

Caso foi aberto pelo Ministério Público de Roma

O líder da extrema direita na Itália, Matteo Salvini, é alvo de uma investigação do Ministério Público de Roma por conta de um suposto abuso de poder no uso de voos oficiais.

O caso foi transmitido ao Tribunal dos Ministros, já que o secretário da Liga chefiava o Ministério do Interior na época dos fatos e conta com foro privilegiado.

A acusação se refere a 35 viagens em aviões e helicópteros da Polícia de Estado e dos bombeiros consideradas “ilegítimas” pelo Tribunal de Contas da Região do Lazio, em sentença anunciada em setembro passado.

Essa corte, no entanto, lida apenas com crimes relativos a desperdícios de dinheiro público e arquivou o processo, alegando que os voos não foram muito mais caros do que se Salvini tivesse usado aviões comerciais.

Em seguida, o Tribunal de Contas transmitiu o caso para o Ministério Público de Roma, que decidiu abrir uma investigação por abuso de poder. O inquérito nasceu de uma reportagem do jornal La Repubblica que aponta que o então ministro usava aviões oficiais para manter uma intensa agenda de comícios pelo país.

“Leio que estou sob investigação, mas todos os meus voos de Estado foram feitos por motivos de Estado, como ministro do Interior, para inaugurar quartéis. Nunca usei voos de Estado para sair de férias”, disse Salvini.

Apesar disso, o Tribunal de Contas, em sua sentença de setembro, afirmou que o uso de aviões oficiais se limita ao presidente da República, aos mandatários da Câmara dos Deputados, do Senado e da Corte Constitucional e ao primeiro-ministro, “salvo exceções que devem ser especificamente autorizadas”.

“Os aviões [da Polícia e do Corpo de Bombeiros] foram comprados para finalidades puramente operacionais, e não para o transporte de autoridades, nem sequer para facilitar o desenvolvimento de suas atividades institucionais”, afirmou a corte.

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