Seguindo o exemplo da Câmara dos Deputados, o Senado da Itália vai exigir a apresentação de um certificado sanitário anti-Covid por todas as pessoas que acessem o local, incluindo parlamentares.
A medida acompanha um decreto do governo de Mario Draghi que estabelece a obrigatoriedade do chamado “passe verde” em todos os locais de trabalho, tanto no setor público quanto na iniciativa privada.
Esse certificado sanitário é concedido a pessoas vacinadas contra a Covid-19, curadas da doença há no máximo seis meses ou que apresentem resultado negativo de teste PCR ou de antígeno feito há no máximo 48 horas.
Por respeito à independência dos poderes, o governo não poderia impor normas sanitárias ao Legislativo, mas o decreto pedia para que o Parlamento se adequasse. Na Câmara, a exigência foi aprovada em 22 de setembro.
Até agora, o certificado sanitário é cobrado em locais como academias, piscinas públicas, estádios, feiras e áreas cobertas de bares e restaurantes, assim como de professores e outros funcionários de escolas.
Mas o governo decidiu ampliar seu uso a partir de 15 de outubro para estimular a vacinação contra a Covid sem arcar com o ônus político de torná-la obrigatória – parte da coalizão do premiê Draghi é contra a obrigatoriedade.
Atualmente, quase 80% do público-alvo na Itália (pessoas a partir de 12 anos) está totalmente vacinado contra a Covid, meta que o governo planejava ter batido até o fim de setembro.