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Senador Italiano Maurizio Gasparri lança abaixo-assinado para extraditar Cesare Battisti

O líder do partido Povo da Liberdade (PDL, do premier Silvio Berlusconi) no Senado italiano, Maurizio Gasparri, iniciou a coleta de assinaturas para pedir a extradição do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti.

Battisti, ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), é condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele está detido no Brasil desde 2007 e, em janeiro deste ano, recebeu o status de refugiado político.

 

O governo italiano, por sua vez, solicita sua extradição para que ele cumpra sua pena no país, de onde fugiu em 1981.

Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por seu retorno à Itália, e determinou que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ratificar ou não tal decisão.

"Lanço um apelo público, que destino também aos parlamentares e aos representantes das instituições, para sensibilizarmos o presidente Lula a implementar as decisões do Supremo Tribunal", disse o senador ao apresentar a iniciativa.

"A Alta Corte brasileira se manifestou claramente sobre o caso. O ex-terrorista, condenado por ter cometido ou ordenado quatro homicídios nos anos 70, deve ser extraditado e pagar sua pena na Itália", continuou.

Em seu site, o parlamentar ratificou "as relações de amizade" entre a Itália e o Brasil, ao mesmo tempo que pediu que "as decisões e as sentenças sejam respeitadas".

"O caso Battisti não é político, mas jurídico. [Ele] não foi condenado por suas ideias políticas, mas porque é um assassino e como tal será tratado, sem descontos, com respeito às vítimas e aos familiares", concluiu.

Ao ser questionado, no último domingo, Lula disse que irá decidir sozinho, apenas depois que receber o acórdão do STF. "Não comento Battisti porque não recebi sequer a decisão da Suprema Corte. Quando eu receber, eu vou tomar decisão, ou seja, todo mundo já deu palpite no caso Battisti. Agora, a decisão é minha na hora que eu tiver eu digo pra vocês",
afirmou.

Estima-se que a decisão final e o futuro do italiano, atualmente detido no presídio da Papuda, em Brasília, saía apenas no próximo ano.

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